A COP15 contra a desertificação, que terminou nesta sexta-feira, na Costa do Marfim, comprometeu-se a “acelerar a recuperação de 1 bilhão de hectares de terras degradadas até 2030”, segundo a declaração final da conferência.

Trata-se de uma das decisões tomadas após 11 dias de trabalho na 15ª Conferência das Partes (COP) da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD), que reuniu cerca de 7 mil participantes.

A COP15 também se comprometeu a “reforçar a resiliência diante da seca, identificando a expansão de zonas áridas”, a “combater as tempestades de areia e poeira e outros riscos crescentes de catástrofes” e a “abordar a migração forçada e os deslocamentos provocados pela desertificação e deterioração de terras”.

Ibrahim Thiam, secretário executivo da UNCCD, destacou na entrevista coletiva de encerramento que, “se restauramos as terras, reduzimos as emissões de CO2 e as devolvemos ao solo”.

Na cerimônia de encerramento, o primeiro-ministro da Costa do Marfim, Patrick Achi, convidou “todas as partes a mostrar eficácia e rapidez na implementação de projetos já identificados ou daqueles que surgirão”.

A COP15, realizada na cidade de Abidjan, foi inaugurada no último dia 9, na presença de nove chefes de Estado africanos, que destacaram os efeitos negativos da seca e da desertificação para o seu continente e a urgência de solucionar esse problema.