Os criptoativos têm crescido exponencialmente. Os negócios globais saltaram de US$ 13 milhões no fim de 2016 para US$ 3 trilhões em 2021. No Brasil, o volume avançou de R$ 100 bilhões em 2019 para R$ 215 bilhões em 2021. A insegurança se ampliou na mesma proporção, pois essas transações ocorrem em paralelo ao sistema financeiro. Por isso, muitas nações buscam criar suas moedas virtuais ou regular essa atividade. No Brasil, a iniciativa é o Projeto de Lei (PL) 3.825/2019, do senador Flávio Arns (Podemos-PR). A votação estava agendada para a terça-feira (19). O PL define diretrizes para proteção do consumidor, combate a crimes financeiros e a transparência das operações.

US$ 3 trilhões foram movimentados em criptoativos no mundo em 2021

Para o diretor de operações da empresa de tokenização Ribus, Daniel Carius, o PL dá mais segurança ao mercado, ao separar o patrimônio dos usuários do das corretoras. No entanto, ele critica pontos da proposta. “O PL dá muito poder ao Estado para dizer o que é um ativo digital, além de criar burocracia que pode inibir a atuação de pequenas empresas”, disse Carius. O diretor de estratégia e fundador da NFMarket, Lucas Buck, afirmou que as regras ajudarão na credibilidade do mercado. Mas ele também tem críticas. “Tentar controlar um ativo virtual criado de forma descentralizada é enxugar gelo, pois fraudes sempre existiram, até com dinheiro em espécie”, disse.