Por Tom Polansek

CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros do milho negociados em Chicago superaram 7 dólares por bushel no contrato mais ativo pela primeira vez desde 2013, com o tempo seco desfavorável à safra no Brasil mantendo a atenção do mercado nas ofertas globais apertadas.

A alta dos preços pouco fez para conter a demanda robusta por milho para ração animal e produção de etanol, abrindo espaço para que o mercado ampliasse ganhos, disseram analistas nos Estados Unidos.

“Não houve destruição de demanda” agrícola em meio aos fortes lucros na produção de carnes, afirmou Greg Heckman, presidente-executivo da trading global de grãos Bunge.

“Nós temos bons lucros no setor de animais e boa demanda neste momento”, disse Heckman em uma conferência com analistas sobre os resultados da empresa.

O contrato mais ativo do milho na bolsa de Chicago, para julho, fechou em alta de 17,25 centavos de dólar, a 6,9675 dólares por bushel. O mercado mais cedo atingiu uma máxima de 7,04 dólares o bushel, maior preço para um contrato mais ativo desde março de 2013. Já o primeiro contrato do milho igualou a máxima de oito anos registrada na segunda-feira, de 7,5825 dólares o bushel.

Os ganhos ajudaram a elevar os preços da soja e do trigo, afirmaram operadores.

O vencimento mais ativo do trigo avançou 8,75 centavos, para 7,2675 dólares por bushel, enquanto a soja fechou em alta de 14,25 centavos, a 15,3825 dólares por bushel.

(Reportagem de Tom Polansek em Chicago, Gus Trompiz em Paris e Naveen Thukral em Cingapura)

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