“Conter a China é uma missão impossível”, alertou nesta quinta-feira (28) o ministério da Defesa chinês aos Estados Unidos, enquanto o novo governo de Biden tenta unir seus aliados asiáticos contra Pequim.

As tensões militares entre as duas principais potências mundiais aumentaram sob o mandato do ex-presidente Donald Trump, que adotou uma postura agressiva em questões como Taiwan e o mar da China Meridional.

Esta firmeza, no entanto, não impediu o exército chinês de reforçar sua capacidade de dissuasão e sua Marinha nos últimos anos.

“Os fatos demonstraram que conter a China é uma missão impossível e equivale a atirar no próprio pé”, advertiu Wu Qian, porta-voz do ministério da Defesa chinês.

“As relações militares sino-americanas estão agora em um novo ponto de partida histórico” com a chegada de Joe Biden, acrescentou em uma sessão informativa online, chamando Washington para o “não-confronto e respeito mútuo”.

Nos últimos anos, a China insistiu cada vez mais em sua soberania sobre a grande maioria das ilhas e recifes do mar da China Meridional, para a indignação de outros países como Malásia, Filipinas, Vietnã e Brunei, que possuem reivindicações nessa área.

Diante dessas pretensões consideradas excessivas, o governo Trump enviou navios de guerra para navegar perto das ilhas controladas por Pequim em nome da “liberdade de navegação”.

Uma linha dura que Joe Biden parece querer seguir.

Neste fim de semana, o porta-aviões “Theodore Roosevelt” iniciou a primeira missão de “liberdade de navegação” da era Biden no mar da China Meridional. Enquanto isso, Washington aumenta os contatos com seus aliados na Ásia-Pacífico.

Biden lembrou na quarta-feira o primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, sobre o “compromisso inabalável” dos Estados Unidos de proteger a Japão, incluindo as ilhas Senkaku/Diaoyu, um arquipélago desabitado reivindicado por Pequim no mar da China Oriental.