Os contatos de alto nível entre autoridades da Coreia do Norte e da Suécia, que representa os interesses dos Estados Unidos em Pyongyang, continuavam neste sábado (17) em Estocolmo em vista da preparação de uma cúpula anunciada entre Donald Trump e Kim Jong Un.

Ainda não houve contato direto entre os dois inimigos, e nem data e nem lugar foram marcados para esta reunião, que deve focar no futuro do programa nuclear norte-coreano.

Em Washington, Donald Trump telefonou na sexta-feira ao presidente sul-coreano Moon Jae-in, cujo governo transmitiu na semana passada a proposta de cúpula atribuída a Kim Jong Un, imediatamente aceita pelo presidente dos Estados Unidos.

Ele “reiterou sua intenção de conhecer Kim Jong Un até o final de maio”, informou a Casa Branca. Em outras palavras, uma corrida contra o tempo para preparar a cúpula.

Donald Trump expressou com Moon Jae-in um “otimismo cauteloso” e os dois homens estimaram que a Coreia do Norte teria “um futuro melhor” seguindo o “caminho correto” em direção à sua desnuclearização.

Em Estocolmo, as consultas entre o ministro norte-coreano das Relações Exteriores, Ri Yong Ho, sua homóloga sueca Margot Wallström e o primeiro-ministro sueco Stefan Löfven, que começaram na quinta-feira, deveriam encerrar na sexta-feira, mas ambos os lados decidiram estender “a atmosfera construtiva”, de acordo com Wallström, dessas discussões.

“O encontro continua hoje”, sábado, afirmou o porta-voz de Wallström, Erik Wirkensjö, à AFP.

O ministro da Coreia do Norte chegou esta manhã na sede do ministério das Relações Exteriores, constataram jornalistas da AFP.

Com sede na capital sueca, o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz (SIPRI), um órgão independente especializado em questões de segurança, desarmamento e resolução de conflitos, também relatou que Ri se encontrou com o diretor de seu conselho de governo, Jan Eliasson, ex-ministro das Relações Exteriores da Suécia e vice-secretário-geral das Nações Unidas (2012-2016), e seu diretor, Dan Smith.

“A conversa foi sobre a situação na península da Coreia e no Nordeste da Ásia e não será tornada pública”, disse o SIPRI em um e-mail para a AFP.