O custo da conta de luz foi o principal vilão da inflação ao consumidor medida pelo Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10), divulgado nesta quinta-feira, 16, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Os preços ao consumidor verificados pelo IPC-10 aceleraram para 0,32% em novembro, ante alta de 0,18% no mês anterior. O movimento foi puxado pelo item “tarifa de eletricidade residencial”, cuja taxa passou de -1,22% em outubro para 3,69% em novembro.

Com isso, o grupo Habitação (de -0,01% em outubro para 0,78% em novembro) foi o destaque de alta no IPC-10. No geral, “quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação”, diz a nota divulgada pela FGV. O grupo Alimentação passou de -0,08% para 0,02%.

Na composição geral do IGP-10, a aceleração dos preços ao consumidor foi compensada pelo arrefecimento do ritmo de alta no atacado. Os preços no atacado medidos pelo IPA-10 tiveram alta de 0,21% no mês, ante um avanço de 0,67% em outubro.

Minério de ferro e alimentos foram o destaque da desaceleração – a maioria dos itens com movimento decrescente nas taxas de variação são classificados como “matérias-primas brutas”. Os preços do minério de ferro passaram de uma baixa de -2,97% em outubro para -11,71% em novembro. Outros destaques foram os itens bovinos (4,26% para -1,83%), milho em grão (10,24% para 7,28%) e banana (1,04% para -17,49%).

Já a aceleração do INCC-10, que mede os preços da construção civil e passou de alta de 0,11% em outubro para avanço de 0,30% em novembro, foi puxada pelo custo de materiais e serviços, já que o valor pago pela mão de obra praticamente não se alterou. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou alta de 0,67%, ante 0,23% em outubro.