O consumo excessivo de alimentos ultraprocessados pode aumentar o risco de desenvolvimento de 34 tipos de câncer, aponta estudo do Imperial College London. O levantamento na íntegra foi publicado na revista científica eClinical. 

A pesquisa levou em consideração uma base de dados de 200 mil britânicos entre 40 e 69 anos e monitorou a saúde dos participantes durante um período de 10 anos, observando o risco de desenvolver qualquer tipo de câncer, e 34 deles especificamente. 

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O resultado foi que o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados pode influenciar no desenvolvimento de diversos tipos de câncer, em especial o de ovário e de cérebro. Para cada aumento de 10% nos alimentos ultraprocessados ​​na dieta de uma pessoa, houve um aumento de 2% na incidência de câncer em geral e de 19% no câncer de ovário especificamente.

Outro ponto observado foi que a cada aumento de 10% no consumo desse tipo de alimento, a chance de morte por qualquer tipo de câncer aumentou 6%. No câncer de mama esse número subiu 16% e, no de ovário, 30%. 

“A pessoa média no Reino Unido consome mais da metade de sua ingestão diária de energia de alimentos ultraprocessados. Isso é excepcionalmente alto e preocupante, pois os alimentos ultraprocessados ​​são produzidos com ingredientes derivados industrialmente e geralmente usam aditivos alimentares para ajustar cor, sabor, consistência, textura ou prolongar a vida útil”, explicou Kiara Chang, autora principal do estudo, 

O estudo teve colaboração da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), da Universidade de São Paulo (USP), e da Universidade Nova de Lisboa.