O Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais recuou 0,2% em abril em relação ao mês de março, na comparação com ajuste sazonal, informou nesta quinta-feira, 13, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). No trimestre móvel até abril, o recuo foi de 1,4%.

O consumo aparente de bens industriais é definido pela produção industrial interna descontadas as exportações e acrescidas as importações. A produção interna líquida (descontadas as exportações) caiu 0,3% em abril em relação ao mês anterior, enquanto as importações de bens industriais recuaram 0,9% no período, informou o Ipea.

Segundo o instituto, o resultado foi heterogêneo na análise das grandes categorias econômicas. Os segmentos de bens de capital e de bens de consumo mostraram crescimento de 0,3% e de 2,6%, respectivamente, frente a março. Já a demanda interna por bens intermediários caiu pelo terceiro mês consecutivo, com retração de 1,3%.

Com relação às classes de produção, a demanda interna por bens da indústria de transformação teve alta de 1,6% em abril em relação ao mês de março.

De um total de 22 segmentos, 18 mostraram crescimento, com destaque para o consumo aparente de produtos farmoquímicos, que cresceu 10,2%, e para a demanda por alimentos, que teve aumento de 8,6%.

Na comparação com abril de 2018, o Indicador Ipea de Consumo Aparente teve queda de 7,6%. Esse desempenho voltou a ser pior que o da produção industrial, que encolheu 3,9%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado negativo foi observado em todas as categorias na comparação com abril do ano passado, com destaque para o segmento de bens intermediários, que caiu de 6,9%.