O Instituto Aço Brasil divulgou nesta terça-feira, 25, os resultados do setor no trimestre e projeções para 2017. O consumo aparente cresceu 5% nos primeiros três meses do ano ante igual período do ano passado. As vendas internas caíram 0,5%. O consumo aparente foi suprido pelo aumento das importações de 73,1%. De janeiro a março, a produção aumentou 10,9%, favorecida pelas exportações, que subiram 17,4%.

Segundo o instituto, a alta das exportações se deve à entrada de uma nova usina, a Companhia Siderúrgica de Pecém (CSP), voltada ao mercado externo. “Deve ser considerado ainda que a base de comparação dessas exportações, no primeiro trimestre de 2016, é extremamente baixa, o que ajuda a impulsionar as variações percentuais”, informou o Aço Brasil em comunicado.

Apesar dos resultados do primeiro trimestre, a previsão é de aumento da produção de 3,8% neste ano em comparação com 2016, alcançando 32,5 milhões de toneladas. Já as vendas internas de produtos siderúrgicos devem crescer 1,3%, chegando a 16,7 milhões de toneladas, patamar similar ao de 2006.

O consumo aparente de aço no País este ano deve ser de 18,7 milhões de toneladas, o que representa acréscimo de 2,9% ante 2016, padrão semelhante ao de uma década atrás.

“As previsões do Aço Brasil para este ano ratificam o que vem sendo alertado pela coalização composta pelos segmentos automotivo, produtos químicos máquinas e equipamentos, têxteis, calçados, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, autopeças, siderurgia, papel e celulose, de que não ocorrerá retomada do mercado interno em 2017”, informou.

O instituto defende o crescimento do mercado externo desses segmentos, como alternativa ao fraco desempenho da economia brasileira. Para isso, pede mudanças no regime tributário, como a restituição de tributos não recuperáveis. O Aço Brasil também pede o incentivo à política de conteúdo local.