As empresas que não assumirem responsabilidade clara no desenvolvimento social e na preservação do planeta terão dificuldades em se manter no mercado no longo prazo. Essa é uma das conclusões da recém-divulgada pesquisa Vida Saudável e Sustentável 2020: Um Estudo Global de Percepções do Consumidor, realizada pelo Instituto Akatu e pela GlobeScan, consultoria especializada em reputação de marcas e sustentabilidade.

Quando se fala em responsabilidade social corporativa, entre os 1 mil entrevistados no Brasil, mais de 70% esperam que as empresas não agridam o meio ambiente, mesmo percentual dos que afirmam que as empresas têm sim responsabilidade na redução dos impactos das mudanças climáticas.

Cerca de 60% afirmam ainda esperar que as empresas estabeleçam metas para tornar o mundo melhor. Como fazer isso? De acordo com a publicação, 42% da amostra aponta como caminho a criação de novos produtos que sejam melhores para o meio ambiente e para a sociedade, 35% via colaboração com outros atores sociais para solucionar problemas socioambientais e 28% por meio da disponibilização de acesso à informações que facilitem a compreensão de quais produtos são melhores para a manutenção da biodiversidade.

Realizada em julho de 2020, as entrevistas mostraram também que dois em cada três brasileiros entendem que, após a pandemia, é muito mais relevante e urgente que agentes públicos e privados preparem a economia para lidar com as desigualdades e mudanças climáticas do que se preocupem somente com a velocidade da recuperação econômica.

Fabio X

(Nota publicada na edição 1198 da Revista Dinheiro)