O setor de consórcios fechou o ano passado batendo recorde no número de participantes. De acordo com Abac (Associação Brasileira de Administradores de Consórcios), em dezembro o setor atingiu a marca de 7,83 milhões de participantes ativos, marca inédita na história do mecanismo.

Também houve quebra histórica no recorde de vendas, com 3,02 milhões de novas cotas. Os negócios realizados no mercado de consórcios somaram R$ 163,63 bilhões, 21,5% maior que os R$ 134,68 bilhões contabilizados em 2019.

“Ao gerir suas finanças pessoais, os consumidores têm avaliado as rentabilidades dos investimentos financeiros. Contudo, face à baixa rentabilidade oferecida, muitos têm optado pelo investimento econômico ou patrimonial, possível a partir da adesão aos consórcios de imóveis e veículos, entre outros”, diz Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da Abac.

+ Consórcios registram recorde apesar da pandemia

Apesar de os juros estarem no menor patamar histórico, a liberação de crédito ficou mais restrita ao mesmo tempo que a rentabilidade da renda fixa diminuiu.

“Outro aspecto verificado no comportamento dos consumidores foi a comparação dos benefícios do Sistema frente às baixas remunerações oferecidas pelos investimentos financeiros”, comenta Rossi.

Para ele, a média mensal das adesões, com 251,89 mil cotas, e a dos consorciados contemplados, com 100,66 mil, evidenciaram comportamento planejador dos consumidores, que passaram a gerir melhor suas finanças em busca de seus objetivos.

O consórcio para veículos é o mais procurado, com 3,84 milhões de participantes.

Na sequência aparece a modalidade de motocicletas, com 2,24 milhões de pessoas e em terceira posição está a carta de imóvel, com 1,04 milhões.

Para quem é este tipo de operação?

Vale destacar que o consórcio é uma opção para quem não  precisa do bem de imediato.

É uma alternativa que tem custo baixo, não há cobrança de juros ou necessidade de entrada, porém a entrega do bem ocorre por sorteios, lances ou no fim do contrato.

Funciona assim: o participante paga uma parcela mensal para adquirir um bem ou um serviço com valor determinado. É também uma maneira de fazer com o que a pessoa tenha disciplina financeira e contribui para ter uma poupança, ainda que de maneira forçada.