Existe um grupo de grandes investidores e executivos que parece guardar a sete chaves uma fórmula mágica: como investir na coisa certa, no momento certo e com as pessoas certas. Acompanhamos fortunas tais como as de Warren Buffett e Donald Trump alcançarem cifras tão elevadas, que para um indivíduo comum fica difícil imaginar o que fazer com tanto dinheiro. Seriam eles espertos demais? Pode ser. Mas eles não nasceram sabendo e, assim como qualquer pessoa, tiveram e ainda têm dúvidas na hora de tomar uma decisão, seja ela referente a família, carreira ou dinheiro. Mas quando os obstáculos chegam, eles recorrem a ensinamentos que algum dia receberam e que os guiaram durante toda a vida. E são precisamente essas dicas dos maiores businessmen que a jornalista americana Liz Claman recolheu para escrever o livro O melhor conselho sobre investimentos que eu já recebi, lançado no final de setembro pela editora Larousse. Além dos figurões estrangeiros, a edição nacional conta com depoimentos de alguns dos maiores empresários brasileiros.

As personalidades escolhidas por Liz Claman não se limitaram a dar dicas financeiras. Muitos contaram experiências e lições pessoais que os fizeram chegar onde estão. Lázaro de Mello Brandão, presidente do conselho de administração do Bradesco, foi um deles.

No livro, o executivo de 81 anos (65 deles passados no banco) conta como acreditar na empresa em que trabalhava o levou a alcançar os mais altos cargos de um dos maiores bancos do País. ?Essa é a minha percepção de investimento?, disse Brandão à DINHEIRO. Já Manoel Horácio Francisco da Silva, presidente do Banco Fator, aproveitou as linhas para passar para a frente o principal conselho financeiro que já recebeu, dado por sua mãe, então empregada doméstica: ?Jamais gaste tudo que você ganha?, disse, em seu depoimento.

O conselho pode parecer banal, mas foi seguindo-o à risca que seus pais, imigrantes portugueses que chegaram ao Brasil sem nada, conseguiram sustentar e educar os filhos. ?Meus pais foram disciplinados e determinados. Gastavam o mínimo e sempre conseguiram poupar?, relembra. O executivo manteve os ensinamentos da infância, nunca usou o cheque especial nem fez crediário. ?Não importa o quanto você ganha, e sim o quanto sobra?, aconselha.