Você está no grupo de risco? Se você é homem, separado, tem cerca de 25 anos, fuma, mora na zona leste de São de Paulo, tem problemas financeiros, trabalha no ramo de assistência técnica e usa carro próprio, a resposta é sim ? e isso significa que vai pagar mais caro pelo seu seguro de automóvel. Um estudo minucioso elaborado pela Itaú Seguros analisou 3 milhões de apólices emitidas nos últimos sete anos. ?Com base no estudo, criamos seguros personalizados. Quem tem menor risco paga até 70% menos na apólice?, explica Carlos Eduardo Luporini, diretor da Itaú Seguros. O perfil mais ?seguro?, segundo a média, é uma mulher de 42 anos, casada, mãe de filhos pequenos, moradora da zona oeste de São Paulo, escriturária de banco. ?Mulheres são mais cautelosas ao volante?, contabiliza Idacelmo Vieira, diretor-gerente da seguradora. Já os homens, sozinhos, podem se tornar instáveis. Saem à noite, bebem além da conta e o pior acontece. ?É claro que toda regra tem sua exceção. Mas, na média estatística, é assim.?

A diferenciação existe em todas as seguradoras. Se o cliente tem filhos homens, entre 16 e 25 anos ? destruidores de carros em potencial ?, pagam mais. Moradores do Rio, São Paulo ou Campinas são risco máximo. O mínimo está no interior de São Paulo, em Limeira, Americana e Piracicaba, ou no sul de Minas Gerais. ?O País é dividido em 40 áreas de acordo com o risco?, diz Vieira. Vendedores ou técnicos em telefonia, que passam o dia todo no trânsito, são vítimas prediletas dos ladrões. ?Eles geralmente estacionam na rua?, explica. Já operários, que deixam o carro no pátio da empresa, sofrem perigo menor. Fumantes são considerados mais distraídos no volante e pessoas com títulos protestados ou o nome no SPC têm, estatisticamente, mais chance de sofrer acidentes ? ?talvez por estarem mais preocupadas?, arrisca Luporini.