Na farofa, no arroz ou na maionese, a presença da uva-passa nos pratos salgados gera polêmica entre as famílias nas festas de fim de ano. Apesar da fruta ser popular no Brasil, a grande maioria do que a gente consome dentro do país vem de fora, já que o nosso país não reúne as condições climáticas para sua produção e cultivo. 

De acordo com apuração do G1, o Ministério da Saúde apontou que de janeiro a novembro de 2021 o país comprou 20,3 milhões de toneladas da fruta, isso totalizou um valor de US$ 28,8 milhões (R$ 162,8 milhões no câmbio de hoje, 24). Desse total, mais de 90% vieram da Argentina, já que o produto é isento de tarifas, de acordo com as regras do Mercosul. 

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Além da Argentina, na décima colocação, os maiores produtores mundiais são: Turquia, Estados Unidos, Irã, Grécia, Chile, África do Sul, Uzbequistão, Afeganistão e Austrália.

Em entrevista ao G1, o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Reginaldo Teodoro de Sousa disse que ela tem os mesmos benefícios e propriedades nutricionais que a uva fresca, com a diferença que ela passa por um processo de secagem. 

É a necessidade desse processo, de acordo com Souza, que impede o cultivo da uva passa no Brasil, já que para a secagem ser feita de forma natural é preciso de um clima desértico, o que não existe no Brasil. Já o processo feito em fornos iria despender um consumo muito grande de energia elétrica.