Criado em 2017 pelo bilionário francês das comunicações, Xavier Niel, a Station F, em Paris, é considerado o maior campus de startups do mundo. O espaço recebeu US$ 285 milhões em investimentos e reúne mais de mil empresas, de 26 países diferentes, incluindo projetos apoiados pelas gigantes Amazon, Facebook e Microsoft.

A Station F tem aproximadamente 34 metros quadrados, com restaurantes, cafés, cozinha, bar e espaço para mais de três mil empreendedores. Os investidores também preparam o lançamento de três torres para moradia coletiva, com mais de 100 apartamentos e capacidade para 600 moradores.

A CNBC visitou o local recentemente e mostra em vídeo o cotidiano dos empreendedores que sonham em se destacar no mercado de tecnologia, negócios, fintechs, entre outras áreas. Aliás, ao contrário de outros centros de startups, a Station F também abre espaço para outros nichos, apoiados pela marca cosméticos L’Oreal e a grife Louis Vuitton, entre outras.

“Eles adoram poder falar com pessoas que encontraram as mesmas dificuldades, que têm recursos, que têm contatos, então eles estão realmente compartilhando uns com os outros, e eu acho que é o principal recurso que você encontra aqui”, diz Roxanne Varza, diretora de programação da Estação F.

No local, Benjamin Joffe, sócio do acelerador de hardware HAX, que faz parte da empresa de capital de risco SOSV, afirma  apoio do governo francês ao acesso a capital inicial.

“A França agora tem muitos elementos necessários para realmente criar novas empresas”, disse ele.

Mas, enquanto o objetivo da Station F é colocar a França no mapa internacional de start-ups, Joffe ainda vê possíveis barreiras para o ingresso dos projetos embrionários no real mercado de negócios.

“O que ainda falta no ecossistema são habilidades para o crescimento, talvez habilidades de marketing, conhecimento dos mercados internacionais e hábitos e conhecimento em torno das saídas”, acrescentou. “Muitas startups estão sendo criadas, mas realmente a prova vem quando você tem uma saída.”