Um veterano legislador democrata processou, nesta terça-feira (16), o ex-presidente americano Donald Trump por violar a ata de direitos civis de 1871 ao apoiar o ataque que vários de seus apoiadores realizaram no Congresso dos Estados Unidos em 6 de janeiro.

Bernie Thompson acusou Trump, seu advogado Rudy Giuliani e grupos extremistas de violar a lei conhecida como “lei Ku Klux Klan”, criada para proteger os direitos dos afro-americanos após o final da Guerra Civil americana (1861-65) e da escravidão.

O congressista, que é um afro-americano, preside o Comitê de Segurança Interna da Câmara de Representantes.

Em sua denúncia, apresentada em um tribunal de Washington três dias depois de Trump ser absolvido pelo Senado da acusação de “incitação à insurreição”, Thompson menciona uma cláusula da lei que proíbe conspirar para impedir que funcionários federais realizem seu trabalho.

Segundo ele, Trump, Giuliani e os grupos extremistas Proud Boys e Oath Keepers conspiraram “com uso da força, da intimidação e de ameaças” para evitar que o Congresso realizasse seu trabalho de certificar a vitória do democrata Joe Biden nas presidenciais, na invasão realizada pelos seguidores de Trump em 6 de janeiro.

A Associação Nacional para o Progresso das Pessoas Negras (NAACP) representa o congressista na denúncia.

Thompson afirmou que o ataque ao Congresso, que deixou cinco mortos e vários feridos, surgiu de um “plano comum que os acusados perseguiam desde as eleições realizadas em novembro de 2020”.

O congressista pede uma indenização pelo “sofrimento emocional” provocado pelo ataque e por danos e prejuízos para castigar Trump e os outros acusados por “conduta ilícita”.