A República Democrática do Congo declarou oficialmente o fim da 12ª epidemia do vírus Ebola nesta segunda-feira (03), quase três meses após seu “ressurgimento” em Kivu do Norte, graças ao uso de uma vacina, disse o ministro da saúde do país.

No total, foram registrados 12 casos, com seis mortes, e centenas de pessoas foram vacinadas desde que o surto reapareceu em 7 de fevereiro na província de Kivu do Norte, disse o novo ministro da Saúde congolês, Jean- Jacques Mbungani.

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A vacina rVSV-ZEBOV, fabricada pelo laboratório americano Merck Sharpe and Dohme (MSD), foi usada para prevenir a propagação desta décima segunda epidemia, disse o ministro.

A epidemia reapareceu em Butembo, área atingida entre agosto de 2018 e junho de 2020 pelo maior surto de febre hemorrágica ebola da história da RDC, causando 3.470 infecções e 2.287 mortes.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou o surto anterior no leste a uma emergência sanitária internacional, temendo sua propagação.

O vírus Ebola foi identificado em 1976 por Peter Piot e uma equipe internacional que incluía o professor congolês Muyembe. É transmitido aos humanos por meio de animais infectados. A transmissão em humanos ocorre por meio de fluidos corporais e os principais sintomas são febre, vômito, sangramento e diarreia.

A maior epidemia de febre hemorrágica afetou a África Ocidental entre 2013 e 2016, com 11.000 mortes.