Forças paramilitares indianas e manifestantes que protestavam contra o confinamento entraram em confronto nesta sexta-feira (8) na cidade de Ahmedabad (oeste), na Índia, à medida que a COVID-19 se propaga cada vez mais rapidamente no país, segundo as autoridades.

Setecentos paramilitares patrulhavam essa cidade de 5,5 milhões de habitantes, assim como as de Surat e Vadodara, todas elas situadas no Estado de Gujarat, para garantir se a população permaneceria em casa e que o comércio ficaria fechado.

Esse estado, de onde é o primeiro-ministro Narendra Modi, é um dos principais focos da pandemia.

Cerca de 10% dos casos de contaminação oficialmente registrados na Índia e 20% das mortes provocadas por essa doença aconteceram em Ahmedabad.

A consequência é que as medidas de segurança que entraram em vigor no último 25 de março no país, que tem 1,3 bilhão de habitantes, foram reforçadas em várias cidade de Gujarat.

Os conflitos começaram no início da noite desta sexta-feira em Ahmedabad, quando centenas de pessoas decidiram sair às ruas.

A multidão lançou pedras nas forças de segurança, que respondeu a eles com gases lacrimogêneos e golpes com cassetetes, segundo a polícia.

Ao menos 15 pessoas foram presas, segundo a mesma fonte.

“Levando em consideração que inúmeros vendedores de verduras e proprietários de terras testaram positivo nos últimos dias, todas as lojas, a não ser as que vendem leite e as farmácias, receberam ordens de fechar por ao menos uma semana”, ressaltou Mukesh Kumar, uma autoridade municipal de Ahmedabad.

Especialistas se preocupam pela aceleração que a pandemia tem no país, que está em confinamento nacional.

Nesta sexta, o país tinha um total de 56.342 casos confirmados, com 1.886 mortes.