Com o Pix, novo sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, todo o ambiente de negócios do Brasil deve ser diretamente favorecido, principalmente para quem é microempreendedor individual (MEI). Com ele, as pessoas físicas e jurídicas poderão realizar transações financeiras de forma mais ágil, 24 horas por dia, inclusive aos finais de semana e feriados, com o dinheiro caindo na conta em até 10 segundos.

Segundo a FecomercioSP, pequenas e médias terão uma mudança direta em relação ao Pix no que corresponde ao fluxo de caixa. Isso porque o dinheiro estará disponível na conta imediatamente e sem a intermediação dos bancos. Em resumo, as empresas terão acesso ao dinheiro aos finais de semana e após o expediente bancário.

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Para os bancos tradicionais e fintechs, em guerra pelo cadastro das chaves dos clientes, acontecerá uma diminuição da concentração de serviços, fazendo com que quem se beneficie com isso sejam os consumidores.

Uma vez que essas instituições comecem a buscar mais espaço no mercado para voltarem a lucrar com os clientes, elas terão de inovar em seus produtos e diminuir os custos atuais para a realização de negócios.

Veja a seguir alguns pontos destacados pela Fecomercio para quem é MEI e vai aderir ao Pix.

Detalhes do Pix para os MEIs

Cadastre suas chaves em um banco: O primeiro passo é fazer o cadastro das chaves Pix da empresa por meio da instituição bancária na qual se tem conta. Esta opção já está disponível nos aplicativos e no internet banking das instituições desde o último dia 5.

O lançamento oficial do Pix ocorrerá no dia 16 de novembro. Uma vez cadastradas as chaves, a partir desta data, a empresa terá como oferecer ao seu consumidor, principalmente pelo celular, mas também em seu site, três formas de pagamento: criando um QR Code (que pode ser estático ou dinâmico), enviando um link de pagamento para o consumidor finalizar a transação ou emitindo uma chave de endereçamento.

Vale lembrar que o cadastro das chaves pode ser feito de forma estratégica, onde você pode registrar o CPF em uma conta do banco “X”, o e-mail no banco “Y” e o QR Code na fintech “N”. Uma vez cadastrada a chave, ela não pode ser registrada em outra instituição, a não ser que você retire o cadastro e migre para outro lugar.

QR Code: a grande diferença entre os QR Code dinâmico e estático está no número de transações que podem ser realizadas. O estático pode ser usado para diversos pagamentos de um mesmo valor, enquanto o dinâmico vale para apenas uma única transação, já que permite apresentar informações diferentes para cada transação.

Link de pagamento: já bastante utilizado pelas fintechs, a experiência é parecida à do QR Code, no entanto, em vez de criar um código, o recebedor fornece ao pagador um link que, quando acessado, processa imediatamente o pagamento.

Chave de endereçamento: neste formato, a maior parte do processo é realizada pelo pagador, que utilizará os dados do seu cadastro no PIX (como telefone, CPF/CNPJ ou e-mail) para autenticar os pagamentos.

Saques nas lojas: está previsto para o segundo semestre de 2021 a possibilidade de saques nas lojas. Esses critérios ainda serão definidos pelo Banco Central, mas o mecanismo funcionará da seguinte forma: o estabelecimento terá um QR Code dinâmico, no qual o consumidor vai apontar a câmera do celular para o código e transferir um valor correspondente ao quanto quer sacar. Assim que a transferência for concluída, o comerciante repassa os valores ao cliente em dinheiro vivo.

É possível que esse valor seja taxado, mas é uma opção a mais de saque para o consumidor.

Menor desistência nas compras digitais: outro ponto interessante para os comerciantes será a menor possibilidade de desistência nas compras digitais, já que com o pagamento do boleto bancário os clientes podem acabar desistindo no meio do caminho. Com o Pix, a transferência é automática e evita dúvidas.