O mal de Alzheimer é uma doença degenerativa sem cura que afeta principalmente a população mais velha. Segundo estudo, mais de 1 milhão de brasileiros vivem com a doença e a tendência é que esse número chegue a 4 milhões em 2051. A pesquisa foi desenvolvida pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e pela Universidade de Queensland, da Austrália.

Os pesquisadores acreditam que fatores de risco, como sedentarismo e obesidade podem explicar esse aumento. Outro grande estudo, realizado pelo Instituto de Pesquisa de Demência do Reino Unido na Universidade de Cardiff, também reforçou que hábitos como o tabagismo e dieta desequilibrada podem influenciar, mas que de 60% a 80% do desenvolvimento da doença é baseado na genética. 

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Segundo a Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), como grande parte dos casos não são diagnosticados a tempo, o tratamento se torna ainda mais difícil. A associação lembra que não há um teste definitivo para a detecção da doença, mas é possível ficar atento a sinais como perda de memória recente. Confira cinco tratamentos não farmacológicos que a Abraz recomenda:

Estimulação cognitiva

Nada mais são do que atividades que exercitem o pensamento lógico, como raciocínio, memória, atenção, linguagem e planejamento. Para manter o cérebro ativo, palavras cruzadas e jogos de tabuleiro podem ser atividade interessantes.

Estimulação social 

Iniciativas que priorizem o contato social dessas pessoas podem estimular a capacidade de comunicação, convivência e afeto podem ser bons exercícios para estimular o cérebro e tratar o Alzheimer. 

Estimulação física 

No mesmo sentido dos anteriores, o estímulo físico faz com que o paciente não fique parado e, ao mesmo tempo, exercita também a mente.  O tratamento fisioterapêutico é importante para diminuir as limitações físicas que o Alzheimer pode trazer, como dificuldade para andar e equilibrar.

Organização do ambiente 

A falta de capacidade para realizar atividades simples como trocar de roupa ou tomar água sozinhos acaba se tornando uma grande frustração para os pacientes com Alzheimer. Deixar o ambiente organizado pode inibir os sentimentos de ansiedade e agitação, delírios e alucinações e inadequações sociais. 

Tratamentos específicos para cada fase da doença 

A associação lembra que é muito importante o diagnóstico precoce do Alzheimer para que haja o tratamento psiquiátrico e neurológico ideal. Na fase inicial, o acompanhamento psicológico pode ajudar. Já em fases mais avançadas, é necessário até mesmo a presença de um cuidador em tempo integral. Nada disso, no entanto, substitui a compreensão da família.