O Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 0,8 ponto, para 95,3 pontos em setembro em relação a agosto, mostra prévia extraordinária das Sondagens da Fundação Getulio Vargas (FGV) do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre). Já o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) cresceu 2,1 pontos, para 82,3 pontos. Os dados foram coletados até o dia 14 deste mês.

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A coordenadora das Sondagens da FGV/Ibre, Viviane Seda Bittencourt, avalia que os resultados prévios das sondagens de setembro sugerem continuidade da tendência de recuperação da confiança empresarial, embora em ritmo mais lento, sob forte influência da indústria. Já em relação à confiança dos consumidores, afirma que, apesar do discreto avanço no mês, continua muito baixa, retratando insatisfação em relação ao momento presente.

“A aceleração da confiança dos consumidores nos próximos meses estará condicionada à evolução do mercado de trabalho e à redução da incerteza econômica e na área da saúde. A convergência para níveis considerados normais só deve acontecer em 2021”, cita a nota da FGV.

De acordo com o levantamento, o aumento da confiança de empresários decorreria principalmente da melhora da percepção sobre a situação atual. Já para os consumidores, a diminuição do pessimismo para os próximos meses exerceria maior influência.

Na prévia deste mês, o Índice de Situação Atual dos Empresários (ISA-E) aponta para alta de 2,7 pontos, a 91,3 pontos, enquanto o Índice de Expectativas Empresarial (IE-E), de 2,1 pontos, para 98,2 pontos.

Entre os consumidores, o índice que mede a percepção sobre a situação atual (ISA-C) indica expansão de 1,3 ponto, para 72,8 pontos, enquanto o indicador que capta as perspectivas para os próximos meses (IE-C) sugere crescimento de 2,6 pontos para 89,7 pontos.

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV/IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção.

Com exceção do Comércio, que indica queda de 1,2 ponto este mês, os setores da economia apresentariam resultado positivo. O maior destaque, menciona a FGV, é a variação de 7,1 pontos da indústria de transformação. Caso essa alta seja confirmada na leitura final de setembro, o setor vai recuperar totalmente as perdas do bimestre março e abril, apresentando o maior nível do Índice de Confiança da Indústria (ICI) desde fevereiro de 2013 (105,8 pontos).

Já no caso da construção, apesar da indicação de avanço de 2,6 pontos em setembro, ainda ficará 2,4 pontos abaixo de fevereiro, mas terá recuperado mais de 91% das perdas em março e abril. Já o setor de Serviços continua com ritmo de crescimento lento, com recuperação de apenas 79%, cita a FGV.