O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) registrou forte queda em março. Segundo a pesquisa, divulgada nesta quarta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o indicador teve um recuo de 5,1 pontos em relação a fevereiro e é a terceira maior queda mensal da série histórica, inferior somente às registradas em junho de 2018, após a paralisação dos caminhoneiros, e em abril de 2020, devido à pandemia da covid-19.

Apesar da queda, o ICEI ficou em 54,4 pontos, acima da linha divisória dos 50 pontos, o que ainda indica confiança do empresário.

“Quando olhamos o índice, ele mostra confiança do empresário. Esse valor de 54,4 pontos está, inclusive, acima da média histórica do ICEI. Mas a queda expressiva na passagem de fevereiro para março nos faz um alerta. A confiança existe, mas já foi maior e está caindo rapidamente. Mostra que os empresários estão percebendo uma piora nas condições atuais dos seus negócios e nas perspectivas futuras da economia”, explica o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

De acordo com a pesquisa, a queda da confiança foi causada pela avaliação das condições atuais das empresas e da economia brasileira, que se tornou negativa, e pela piora das expectativas, que ficaram menos otimistas.

O índice das condições atuais caiu 4,3 pontos, de 53,2 pontos para 48,9 pontos, abaixo da linha dos 50 pontos, o que indica que o empresário percebe piora do estado atual da economia brasileira e das empresas.

Já o índice de expectativas caiu 5,4 pontos, de 62,6 pontos para 57,2 pontos. Ou seja, explica a CNI, os empresários da indústria ainda estão otimistas com relação aos próximos seis meses, mas houve reavaliação das expectativas, que se tornaram menos positivas.

O indicador da pesquisa varia de zero a 100 pontos, sendo que índices acima de 50 pontos indicam confiança.

O levantamento foi feito com 1.267 empresas, sendo 498 de pequeno porte, 490 de médio porte e 279 de grande porte, no período de 1º a 5 de março.