A confiança do consumidor recuou 1,5 ponto em abril ante março, na série com ajuste sazonal, informou nesta quinta-feira, 25, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) desceu a 89,5 pontos. Em três meses consecutivos de quedas, o índice acumulou uma perda de 7,1 pontos.

“A queda na confiança dos consumidores está relacionada à decepção com a lenta recuperação econômica e a manutenção de níveis elevados de incerteza. Em abril, houve relativa estabilidade do Índice da Situação Atual e queda forte do Índice de Expectativas, influenciada principalmente pelo aumento do pessimismo dos consumidores de menor poder aquisitivo”, avaliou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da Sondagem do Consumidor no Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

Em abril, o Índice de Expectativas (IE) caiu 2,7 pontos, para 98,7 pontos, voltando a ficar abaixo dos 100 pontos. Já o Índice de Situação Atual (ISA) subiu 0,5 ponto, para 77,1 pontos.

O componente que mede o grau de satisfação com as finanças familiares no momento atual subiu 2,3 pontos, para 72,6 pontos, enquanto a avaliação da situação econômica no presente caiu 1,4 pontos, para 82,1 pontos.

Com relação às perspectivas para os meses seguintes, o item que mede o otimismo sobre a evolução da economia recuou 2,9 pontos, para 115,4 pontos, acumulando uma perda de 15,5 pontos entre janeiro e abril. O componente que mede o grau de otimismo com a situação financeira futura diminuiu 4,1 pontos, para 96,8 pontos. Houve redução também na intenção de compras de bens duráveis, pelo terceiro mês consecutivo, confirmando a cautela dos consumidores com os gastos futuros, avaliou a FGV.

No mês de abril, a confiança piorou em três das quatro faixas de renda pesquisadas. A exceção foi a faixa de renda com maior poder aquisitivo. Para as famílias com renda acima de R$ 9.600,00 mensais, a confiança subiu 1,5 ponto, puxada por uma melhora da satisfação com a situação financeira atual.

A Sondagem do Consumidor da FGV coletou informações de 1.737 domicílios em sete capitais, com entrevistas entre os dias 1º e 20 de abril.