O Índice de Confiança de Serviços (ICS) subiu 2,2 pontos na passagem de junho para julho, na série com ajuste sazonal, para 100,9 pontos, informou nesta quinta-feira, 28, a Fundação Getulio Vargas (FGV). A alta levou o índice ao maior nível desde setembro de 2013, quando estava em 101,5 pontos, última vez, antes da leitura de julho, que o ICS ficou acima de 100 pontos, considerado o nível neutro. Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 1,6 ponto, a quarta alta seguida.

“O resultado favorável foi influenciado tanto pela percepção de melhora da demanda corrente quanto das expectativas para os próximos meses. O período eleitoral pode aumentar os níveis de incerteza econômica, mas as medidas de estímulo adotadas pelo governo recentemente devem manter a atividade do setor aquecida e resultar em um terceiro trimestre mais positivo do que inicialmente esperado”, diz a nota da FGV.

Segundo a entidade, a alta do ICS em julho foi influenciada tanto pela melhora na avaliação das empresas sobre a situação corrente quanto pelas perspectivas para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA-S) subiu 2,7 pontos, para 100,8 pontos, maior nível desde novembro de 2012 (quando ficou em 102,0 pontos). O Índice de Expectativas (IE-S) subiu 1,6 ponto, para 100,9 pontos, maior nível desde outubro de 2021 (103,6 pontos).

“Na métrica de médias móveis trimestrais, o IE-S vem se mantendo acima do ISA-S desde o início da pandemia, em junho de 2020, uma diferença que chegou aos 18,3 pontos no bimestre setembro-outubro de 2020. No resultado de julho, essa diferença caiu a apenas 0,6 ponto, corroborando a tendência de recuperação da demanda e a melhora da situação geral dos negócios no setor”, afirma a FGV.

A Sondagem de Serviços de julho coletou informações de 1.525 empresas entre os dias 1º e 26 do mês.