A operação brasileira do maior banco do continente africano, o Standard Bank, com sede em Joanesburgo, pretende restaurar a boa relação com o Brasil, que vem se deteriorando nos últimos anos. A corrente comercial, que chegou a US$ 25 bilhões em 2015, hoje está em US$ 10 bilhões. Para a presidente da instituição no Brasil, Natalia Dias, há potencial para retornar às cifras anteriores com a aproximação de empresas, principalmente, de alimentos e do agronegócio. “A percepção que o brasileiro tem da África é muito pior do que a realidade”, afirmou. “Em diversos aspectos, como segurança jurídica e ambiente de negócios, várias economias africanas estão muito à frente do Brasil”, disse. Nos últimos 20 anos, a África Subsaariana tem crescido a uma taxa de 5% ao ano, acima da média global de 3,9% e bem maior do que os 1,9% dos desenvolvidos. Em 2019, Uganda, Quênia, Tanzânia, Gana e Etiópia devem ter crescimento acima de 6%. Para Natalia, esse bom desempenho, em um continente com 1,3 bilhão de pessoas, tem tudo para continuar.

(Nota publicada na edição 1195 da Revista Dinheiro)