Um “shopping de canecas’” em que a renda de cada produto é revertida para a Fundação Telefônica foi uma das ações internas criadas pela Vivo para engajar seus colaboradores em um tema vital para a sustentabilidade do planeta: o descarte de lixo plástico. O objetivo mais visível é eliminar os copos descartáveis dentro da Vivo — cujo consumo médio mensal é de 260 mil unidades. Mesmo sabendo que isso não se consegue de uma hora para outra, a empresa estabeleceu uma meta: reduzir o consumo em 80% até o final deste ano. Junto com a redução (de descartes e de custos) vem um ganho intangível: a consciência ambiental dos funcionários.

“Estamos adaptando a empresa para qualificá-la em todos os índices de sustentabilidade”, diz o presidente da Vivo, Christian Gebara. Em outra ação, mais ligada ao negócio da empresa, a reciclagem de celulares, baterias e carregadores já chegou à marca de 4 milhões de itens. “A gente quer realmente ser reconhecido como uma empresa sustentável. Hoje em dia, não só o cliente, mas também o colaborador quer saber qual o compromisso da empresa com as questões ambientais. E as pessoas que trabalham aqui são parte da nossa responsabilidade social”, afirma. Para que essa premissa não soe como uma bandeira etérea, a empresa criou um manifesto pela diversidade que aborda questões de gênero, raça, LGBT+ e PCD.

“Mudamos a política de recrutamento, fizemos capacitações e programa de sensibilização de gestores e criamos um portal de diversidade. Eu e alta liderança viajamos por todo o Brasil para falar desses temas”, diz o presidente. Até a sinalização dos banheiros foi refeita para incluir uma terceira opção ao masculino e feminino – e essa decisão repercutiu de forma positiva dentro e fora da empresa. Hoje, os profissionais trans podem escolher o nome social para seu endereço eletrônico corporativo. O que poderia ser um conjunto de normas criadas para se adequar aos novos tempos é, para a Vivo, uma maneira de marcar posições junto à sociedade.

Da porta para a fora, esse compromisso se dá por meio de uma série de ações coordenadas que ajudam a explicitar as convicções da empresa. A Fundação Telefônica-Vivo, com 20 anos de atuação, recebeu em 2018 aportes de R$ 60 milhões. O foco é educação e empreendedorismo. No ano passado, 746 escolas de todo o País foram beneficiadas pelos projetos da Fundação. Por meio também de plataformas digitais, 66 mil educadores foram envolvidos, impactando um total de 5 milhões de alunos. “Estamos ajudando o jovem a se tornar empreendedor por meio do Pense Grande”, diz Gebara, referindo-se ao programa que convida jovens de diversas partes do Brasil a desenvolver um negócio que impacte positivamente outras pessoas, ao mesmo tempo que gere renda.

Unindo o público interno e o externo, um programa de voluntariado incentiva a força de trabalho da Vivo a dedicar parte de seu tempo — e talento — às atividades da Fundação Telefônica. Ao longo do ano passado, 15 mil funcionários (a empresa tem 32 mil) foram voluntários em iniciativas da Fundação. Na cultura, o maior aporte da empresa é no teatro. E não apenas na sala de espetáculos que leva o nome da empresa, e que acaba de passar por uma grande reforma. A Vivo também patrocina montagens em diversas cidades do País. “A gente acredita que o teatro é parte da cultura brasileira. Cada peça cria uma forma de conexão entre o ator e o público. Conectar pessoas é o nosso propósito”.