Um tribunal francês condenou nesta segunda-feira a 25 e 30 anos de prisão as principais integrantes de uma célula jihadista feminina que tentou detonar um carro-bomba diante da catedral de Notre-Dame de Paris, em 2016.

Inès Madani e Ornella Gilligmann tentaram atear fogo, sem sucesso, a um veículo carregado com bujões de gás na madrugada do dia 4 de setembro de 2016, em uma região repleta de restaurantes na capital francesa.

Madani e Gilligmann jogaram diesel no veículo e tentaram incendiá-lo com um cigarro, mas fracassaram porque o diesel é menos inflamável que a gasolina.

Madani foi detida alguns dias mais tarde em um subúrbio de Paris com duas supostas cúmplices – Sarah Hervouet e Amel Sakaou – quando as três tentavam fugir do apartamento onde estavam escondidas.

Em um confronto com a polícia, Hervouet esfaqueou um policial no ombro e Madani recebeu um tiro na perna. Gilligmann foi detida no sul da França.

Sarah Hervouet e Amel Sakou foram condenadas a 20 anos de prisão.

Uma quinta mulher, Samia Chalel, acusada de ajudar Madani a encontrar um esconderijo em Paris, foi condenada a cinco anos de prisão.

Acredita-se que o grupo agiu por ordem de Rachid Kassim, um conhecido ativista francês do Estado Islâmico, também suspeito de inspirar o assassinato de um casal de policiais franceses em sua casa em junho de 2016.

Ao que parece, Kassim morreu em um ataque aéreo contra os arredores da cidade iraquiana de Mossul em fevereiro de 2017.

Em sua declaração final no julgamento, Madani disse lamentar suas ações. “Naquele momento, todos os meus planos incluíam a morte. Hoje, meu planos são sobre a vida”.

Gilligmann, casada e mãe de três filhos, disse que envergonhou sua família e pediu perdão às vítimas do terrorismo.