As concessões no crédito livre subiram 2,7% em setembro ante agosto, para R$ 333,5 bilhões, informou nesta sexta-feira, 25, o Banco Central (BC). Houve avanço de 13,6% em 12 meses até setembro.

No crédito para pessoas físicas, as concessões caíram 0,5% em setembro ante agosto, para R$ 182,7 bilhões. Em 12 meses até setembro, há alta de 14,7%.

Já no caso de pessoas jurídicas, as concessões subiram 7,0% em setembro ante agosto, para R$ 150,8 bilhões. Em 12 meses até setembro, o avanço é de 12,2%.

A taxa média de juros no crédito livre caiu de 37,9% ao ano em agosto para 36,9% ao ano em setembro. Em setembro de 2018, essa taxa estava em 37,9% ao ano.

Para pessoa física, a taxa média de juros no crédito livre passou de 52,1% para 51,3% ao ano de agosto para setembro, enquanto para pessoa jurídica foi de 18,9% para 17,8% ao ano.

Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa passou de 306,9% ao ano para 307,6% ao ano de agosto para setembro. No crédito pessoal, a taxa passou de 43,1% para 41,5% ao ano.

Desde julho do ano passado, os bancos estão oferecendo um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção vale para débitos superiores a R$ 200. A expectativa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) era de que essa migração do cheque especial para linhas mais baratas acelerasse a tendência de queda do juro cobrado ao consumidor. Em junho de 2018, antes do início da nova dinâmica, a taxa do cheque especial estava em 304,9% ao ano.

Os dados divulgados nesta sexta pelo Banco Central mostraram ainda que, para aquisição de veículos, os juros foram de 20,1% ao ano em agosto para 19,8% em setembro.

A taxa média de juros no crédito total, que inclui operações livres e direcionadas (com recursos da poupança e do BNDES), foi de 25,1% ao ano em agosto para 24,5% ao ano em setembro. Em setembro de 2018, estava em 24,2%.

Já o Indicador de Custo de Crédito (ICC) caiu 0,1 ponto porcentual em setembro ante agosto, aos 18,5% ao ano. O porcentual reflete o volume de juros pagos, em reais, por consumidores e empresas no mês, considerando todo o estoque de operações, dividido pelo próprio estoque. Na prática, o indicador reflete a taxa de juros média efetivamente paga pelo brasileiro nas operações de crédito contratadas no passado e ainda em andamento.