Algumas concessionárias de veículos localizadas em São Paulo e consultadas pela reportagem relataram que a greve de caminhoneiros tem atrapalhado a entrega de carros aos consumidores. Uma delas, da marca Volkswagen, parou de receber veículos da montadora em seu estoque. Os funcionários da loja, por causa disso, pararam de dar aos clientes um prazo de entrega, que antes era de sete ou oito dias. Um comunicado da empresa está sendo apresentado aos clientes para que entendam a situação.

Por ter um estoque próprio com mais de 200 carros, a loja afirma que pode continuar fechando vendas por pelo menos mais de 10 dias. Depois disso, se a greve continuar, não haverá mais oferta.

Outra concessionária, esta da Ford, contou que não está conseguindo nem receber os veículos do próprio estoque, que fica no pátio da transportadora. Em razão disso, as entregas para hoje ficaram comprometidas e as de amanhã já foram canceladas. A loja está sem receber carros desde quinta-feira da semana passada.

Uma terceira revenda, da GM, relatou outro problema: a limitação de combustível para abastecer os carros que são entregues aos clientes. A orientação sempre foi entregar o veículos com três ou quatro litros de gasolina, mas, como os postos de combustíveis também estão com dificuldades para abastecer os clientes, o comprador do carro não sabe se conseguirá chegar em casa, a depender da distância.

Por causa disso, a concessionária tem feito um esforço para entregar o carro ao cliente com um abastecimento maior de combustível.

Mais cedo, algumas montadoras disseram que estão com dificuldades para entregar veículos às concessionárias, em função do bloqueio das estradas. A Honda está há dois sem distribuir para a rede, por exemplo.