O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) recomendou a retirada de material de divulgação da esponja de aço “Krespinha”, produzida pela Bombril. A movimentação se deu em função de diversas denuncias de racismo que chegaram ao órgão.

A recomendação era de retirar do ar qualquer propaganda e divulgação envolvendo a marca, o que já havia sido feito pela Bombril em junho. Produzida por mais de 70 anos, a esponja de aço foi descontinuada pela empresa, que concordou com as reclamações feitas pelo público e pediu desculpas se ofendeu alguém mesmo que indiretamente.

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No começo da produção da esponja de aço, nos anos 1950, as propagandas contavam com uma jovem negra desenhada na imagem, fazendo uma clara alusão do cabelo crespo e o produto de limpeza da cozinha.

Segundo o UOL, o Conar recebeu 1.873 queixas contra o produto. Essas reclamações envolveram grupos organizados, como o Movimento Nacional de Direitos Humanos e até uma deputada federal, Áurea Carolina (PSOL-MG).

A decisão tomada nesta terça-feira (18) deve abrir precedente para novas punições no mercado, com uma variada gama de novas recomendações sobre produtos que tenham algum traço racista.