Bancos têm um amplo cardápio para mutuários com problemas no orçamento. Aos que estão com pagamentos em dia, as opções são mais vantajosas. É possível, por exemplo, pedir a interrupção nos pagamentos na Caixa Econômica Federal ou no Santander. Em alguns casos, são oferecidos até 12 meses de pausa nos boletos. Também há alternativas para quem já está com parcelas em atraso.

O surgimento de problemas no pagamento em uma linha de crédito de longo prazo, como o financiamento imobiliário que pode ter até 30 anos, é algo esperado pelos bancos. “Por se tratar de operação de longo prazo, está sujeita a imprevistos até a sua liquidação, como redução da renda, aumento das despesas com o nascimento de filhos e até mesmo a perda inesperada do emprego”, cita o BB.

Por isso, a instituição oferece opções que podem ser adotadas durante o contrato, como a reprogramação dos pagamentos com apenas 11 parcelas no ano. Nesse caso, o valor não pago em um mês é diluído nos seguintes.

Também há opções para quem já está com alguma parcela em atraso. Nos financiamentos com recursos do FGTS, grande parte dos bancos permite usar o saldo do trabalhador para quitar parte das prestações. Para reduzir o valor da parcela, também é possível repactuar toda a dívida com alongamento dos prazos.

No Itaú Unibanco, as medidas propostas vão desde a orientação financeira para o cliente lidar com situações imprevistas até a ampla reorganização da situação financeira. Uma das iniciativas do banco é a realização de feirões de renegociação.

Os bancos têm sido mais ativos nessas questões. “A atuação é preventiva. Ligamos ativamente oferecendo ofertas mesmo quando ainda estão adimplentes”, diz o diretor de crédito e recuperações de pessoa física do Santander, Cassio Schmitt. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.