A intenção do consórcio TIM, Claro e Vivo de comprarem a operação de telefonia móvel da Oi conta com um novo episódio, agora envolvendo o Cade. O órgão de fiscalização está orientando as empresas a formalizarem uma pré-notificação de suas intenções com a compra a Oi.

As três companhias, que são rivais no mercado brasileiro, pretendem comprar a Oi e fatiar a base de clientes da empresa pelo País, evitando, com isso, que o próprio Cade questione qualquer uma delas em uma eventual compra avulsa. São mais de 33,9 milhões de clientes na companhia.

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Segundo o jornal Folha de São Paulo, o Cade acredita que essa “antecipação” de intenções acelere a análise de uma futura aquisição e já dê sinal verde de que ela pode acontecer sem questionamentos futuros.

Caso o órgão dê uma negativa, o consórcio deixa a disputa e a Oi fica livre para negociar a venda de seus ativos móveis.

Atualmente, o trio formalizou uma oferta de R$ 16,5 bilhões na compra da Oi, valor que pode ser coberto pela norte-americana Highline, atualmente com um contrato de exclusividade, que se encerra hoje (3), dando o poder de cobertura neste tipo de situação.

Durante o final de semana, notícias indicaram que a empresa não deve cobrir a oferta do consórcio, mas esse anúncio deve ser feito durante o dia.

Um ponto que pode ajudar a resolver o caso é o fato de que uma compra envolvendo o consórcio deva se arrastar por pelo menos oito meses para que a análise do Cade seja concluída, enquanto com uma nova empresa – como a Highline – o período é mais curto e menos burocrático, de aproximadamente duas semanas.