As companhias aéreas precisarão entre 70 e 80 bilhões de dólares em ajuda adicional dos governos para sobreviver à crise da covid-19, que está esgotando sua renda, afirmou Alexandre de Juniac, diretor-geral da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), ao jornal francês La Tribune.

O setor já recebeu 160 bilhões de dólares em ajudas dos governos, mas “para os próximos meses, as necessidades da indústria estão estimadas entre 70 e 80 bilhões de dólares em ajudas adicionais.

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“Caso contrário, as empresas não sobreviverão”, disse De Juniac em uma entrevista coincidindo com o Fórum Aéreo de Paris, uma reunião dedicada ao transporte aéreo.

“Quanto mais durar a crise, maior será o risco de falências”, disse De Juniac. “Quase 40” empresas estão “em dificuldades muito grandes ou em processo de recuperação ou falência”.

Desde o início da crise do coronavírus, que paralisou quase toda a frota mundial durante várias semanas no começo do ano, os governos têm oferecido ajuda às empresas em diversas formas (empréstimos, ajuda direta, ajuda para manter os empregos).

No entanto, com a segunda onda de coronavírus, o tráfego não conseguiu se reativar e as empresas continuarão registrando perdas.

É provável que este ano se aproximem “dos 100 bilhões, em vez dos 87 bilhões anunciados anteriormente”, segundo De Juniac.

Sobre as possíveis fusões no setor, o chefe da IATA afirmou que isso exigiria “que as empresas tenham os meios para se comprarem mutuamente”, em um momento em que estão “em modo de sobrevivência”.

Entretanto, a longo prazo, considera “provável” que haja “menos atores, devido às falências, e que esses atores sejam um pouco menores, porque serão obrigados a vender uma grande parte de sua frota ou a fechar rotas, ou ter horários de voo mais limitados”.

A IATA se reúne a partir de segunda-feira para a assembleia geral anual da organização, que reúne 290 companhias aéreas de todo o mundo.