A start-up “The Bug Picture” está sediada em África, e os seus projetos têm todos um fim comum: combater os desafios ambientais na África Oriental. É através da agricultura regenerativa, mais propriamente do uso sustentável de insetos, que a empresa está conduzindo os seus objetivos.

Entre os vários projetos que estão desenvolvendo atualmente, o “Gafanhotos do deserto como cultura” é o que tem contribuído para mitigar a praga da gafanhotos no Continente desde 2019.

+ Sem doses, município do Rio de Janeiro interrompe vacinação a novos públicos

Ao longo dos anos a região tem sofrido com este fenômeno, que acaba por estragar as colheitas e os campos, contribuindo para a probreza da população e para a escassez de alimentos. Em 2020, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) alertava para a pior praga “dos últimos 25 anos”, ao mesmo tempo que procurava encontrar soluções para controlar esta crise a longo prazo.

É aí que surge o projeto da The Bug Picture, em parceria com a Danida – Agência Dinamarquesa para o Desenvolvimento, que transforma os gafanhotos em proteína alimentar para ração de animais e em biofertilizante.

A iniciativa é desenvolvida em conjunto com as comunidades locais, que recebem uma quantia monetária em troca dos gafanhotos. Segundo o World Economic Forum (WEF), estes são apanhados durante a noite, enquanto estão pousados nas árvores.

Laura Stanford, fundadora da startup, explica ao WEF, “Estamos tentando criar esperança numa situação de desespero e a ajudar estas comunidades a alterar a sua perspectiva para verem estes insetos como uma cultura sazonal que pode ser colhida e vendida em troca de dinheiro”.