As pessoas são o principal ativo de uma companhia. No entanto, são o propósito, a cultura organizacional, as lideranças ativas e os movimentos de suporte especialmente de Recursos Humanos e Comunicação que promovem o trabalho em equipe, a busca pela inovação, a troca de conhecimento e o desenvolvimento, a atuação com maior agilidade, assertividade e eficiência de todos. É a alta performance coletiva que garante o cumprimento de objetivos e metas ousadas, mas factíveis.

O líder tem papel fundamental: seja por sua atuação inspiradora e como exemplo, com impactos subliminares, seja no cascateamento e conexão de valores e promoção de comportamentos esperados pelas empresas, visando o engajamento e a união do time. A liderança deve despertar e manter vivo na equipe o sentimento do orgulho em pertencer, além de estar atenta ao bem-estar de todos.

A importância dos símbolos e da cultura nas sucessões e nos momentos de crise

Não é uma tarefa simples montar equipes de alta performance e que trabalhem em perfeita sinergia. Alguns profissionais talentosos e qualificados têm dificuldade em compartilhar conhecimento e optam por atividades solo. Outros, introvertidos, ficam intimidados em expor a sua opinião aos colegas. Existem ainda aqueles que se sentem desconfortáveis com diferentes opiniões e possíveis julgamentos.

Mas algumas ações podem contribuir para desenvolver o trabalho em equipe. Entre elas está investir em:

1- Propósito para além dos negócios – com impacto à sociedade;

2- Consolidação da cultura organizacional – com o conceito de respeito, pluralidade, soma de experiências para ampliar horizontes e outros atributos/posturas que favoreçam o desempenho e sucesso do todo;

3- Bons líderes, que promovam a disseminação/estimulação do conjunto, através especialmente da comunicação clara, transparente e construtiva, bem como da preocupação genuína com as demandas e as pessoas;

4- Profissionais de caráter, com perfil para fazer o que é bom, com atitudes positivas, que sejam as escolhas certas para os lugares certos, facilitando o alinhamento com o propósito da companhia e a complementaridade de competências para a integração e êxito do time;

5 – Desenvolvimento de soft skills, especialmente a inteligência emocional dos colaboradores, através de capacitações, cursos e treinamentos, visando a autoconfiança e motivação, o lidar com pressão, o suporte às críticas, a flexibilidade e a adaptabilidade, o foco na solução de problemas, entre outros.

Há alguns anos, o Google desenvolveu o Projeto Aristóteles, cujo objetivo era justamente compreender o trabalho em equipe realizado por seus funcionários. O nome do projeto foi escolhido graças à famosa frase do filósofo grego e que se encaixa perfeitamente com o propósito do estudo: “o todo é maior do que a soma de suas partes”.

A pesquisa analisou 180 times de engenharia e de vendas, com uma mistura de indicadores de alta e de baixa performance. A composição foi escolhida para que os pesquisadores pudessem analisar como os traços de personalidade, dados demográficos, habilidades de vendas e o comportamento em grupo influenciam no resultado final.

O projeto possibilitou à gigante de tecnologia compreender com mais profundidade o comportamento dos seus profissionais e mapear o que torna um time eficiente. Por outro lado, os colaboradores tiveram a oportunidade de ampliar o autoconhecimento e visualizar, com mais clareza, os pontos de melhoria. Como resultado, a companhia norte-americana ampliou a produtividade e o desempenho através da combinação das pessoas.

Quando se tem cultura organizacional forte, profissionais altamente qualificados e comprometidos com os objetivos e as metas e, que saibam trabalhar em equipe, há inúmeros benefícios à empresa. O ambiente corporativo fica mais saudável e movimentos complementares à alta performance – tais como gamificações e programas de meritocracias, entre outros – são recebidos com maior tranquilidade e satisfação. A consequência é a evolução do desempenho operacional e financeiro.