Lideranças em todo o mundo se questionam sobre como manter a saúde mental dos colaboradores e o foco no propósito da organização. Não só sob o viés de negócio, mas também de responsabilidade social. Sem forjar seguidores, mas criando apaixonados por inovações, soluções em sinergia com os desejos da companhia.

Em tempos de Covid-19 e do trabalho híbrido, em casa e no escritório, aprimorar e humanizar a cultura organizacional tem sido o ponto de partida. Os colaboradores são os maiores ativos das companhias, então precisamos propor melhores experiências não apenas para os clientes, mas também para os nossos times.

As lideranças do passado acreditavam que colocar os times no centro prejudicaria a geração de resultado e valor aos acionistas. Imaginavam que o resultado só viria por meio do comando e controle. É justamente o contrário! As relações de comprometimento, liberdade com responsabilidade, bônus e ônus promovem uma cultura com foco em resultado. É preciso criar uma cultura que promova uma relação na qual a companhia, os acionistas e os colaboradores estão comprometidos com os resultados e o impacto dos negócios da companhia.

Hoje em dia, o senso de profissionalismo está incorporado por talentos que agregam inteligência e procuram por propósitos nas empresas muito além das visões meramente racionais e frias. Fazer o bem e impactar positivamente o seu colaborador e a sociedade está em alta e estabelece vínculos de confiança, transparência, respeito e reciprocidade.

Assim, fortalecer a cultura organizacional maximiza o jeito de ser da companhia. O modelo de gestão “people first valoriza o ser humano e permite uma analogia: os pilares são o cérebro (direcionam o que se deseja ter e viver), os valores são o coração (crenças, sentimentos e percepções), e as atitudes são os braços (força para agir).

Com colaboradores sendo ouvidos e fazendo parte dos processos de cocriação da cultura organizacional, percebendo a preocupação genuína da companhia com as pessoas, com as motivações das novas gerações e com o meio ambiente, há mobilização para que todos deem o seu melhor. Fica para trás quem não estimula a contribuição coletiva e maior afinidade com o idealizado pela companhia como diferencial para o negócio.

Essa cultura organizacional propicia:

1 – Colaboradores mais saudáveis, identificados, engajados e com prazer na busca por resultados de alta performance;

2 – Clima organizacional mais contagiante, com um colaborador se reconhecendo nas entregas, a partir do senso de orgulho, pertencimento e de dono;

3 – Maior fidelização do público interno;

4 – Maior procura pela inovação, independente de aparato tecnológico;

5 – Relações e entregas mais estratégicas, com produtos e serviços que tornam os clientes mais satisfeitos;

6 – Valorização da marca empregadora: reconhecimento público como uma boa empresa para se trabalhar;

7 – Espaço para meritocracia, igualdade de oportunidades e sustentabilidade;

8 – Fortalecimento do conceito “Juntos somos mais fortes”, gerando valor acima do convencional para a empresa e a sociedade.

Essa cultura organizacional mais clara e inspiradora, criada a partir da valorização das pessoas, conduz lideranças mais abertas e seguras para adotar melhores práticas junto dos colaboradores, com ênfase à capacidade intelectual, maturidade, autonomia nas decisões e voz ativa em diálogos construtivos, independentemente de cargo. Ambientes assim proporcionam ousadia, busca pelo novo, pelo disruptivo e favorecem o crescimento dos negócios com perenidade.