Por Luis Jaime Acosta

BOGOTÁ (Reuters) – Representantes da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) se reuniram na segunda-feira com autoridades colombianas às vésperas de uma visita ao país para conhecer a situação durante os protestos contrários ao governo que já duram mais de um mês no país, e dos quais já surgiram denúncias de graves abusos e de violência policial.

A visita da comissão, que é um órgão autônomo da Organização dos Estados Americanos (OEA), acontece depois do registro de dezenas de mortos e feridos durante as manifestações, a maioria atribuída às forças de segurança.

A cifra de 21 mortos, confirmada pela Procuradoria Geral, não bate com as informações trazidas por grupos de direitos humanos, que denunciam um número mais elevado de vítimas fatais relacionadas aos protestos. 

A CIDH se reuniu com a vice-presidente e chanceler colombiana, Marta Lucía Ramírez, e outras autoridades do país.

Também participou da reunião Emilio Archila, o principal responsável pela implementação de um acordo de paz fechado em 2016 com a guerrilha desmobilizada das Farc, e que dirige o governo nas negociações suspensas com os líderes dos protestos.

“Tivemos uma longa e produtiva reunião, com muitas informaçoes, muitas perguntas por parte da comissão”, declarou a presidente da CIDH, Antonia Urrejola, ao término da reunião com o defensor público Carlos Camargo. “Foi uma reunião muito importante e as instituições nacionais de direitos humanos como são as defensorias públicas são sempre aliadas da comissão em seu trabalho de monitoramento, e por isso essa reunião era tão importante”, acrescentou.

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