Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) – A comissão especial da Câmara que discute a PEC dos precatórios adiou novamente a votação do parecer, e convocou nova reunião para a quinta-feira.

A discussão da Proposta de Emenda à Constituição dos precatórios, editada na intenção de abrir espaço fiscal para um programa social em substituição ao Bolsa Família, o Auxílio Brasil, teria sido adiada, segundo fontes, justamente por conta do desenho que o governo busca dar ao benefício.

A previsão inicial era que o relatório do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) da PEC fosse votado na terça-feira, mas diante de movimentações do Executivo para aumentar o valor do benefício assistencial, foi adiada para esta quarta, e agora mais uma vez.

Segundo o relator da medida provisória do Auxílio Brasil, deputado Marcelo Aro (PP-MG), o Executivo trabalhava com a ideia de retirar da MP os recursos temporários, que, somados ao auxílio, chegariam a um benefício de no mínimo 400 reais.

Esses auxílios temporários, com validade até dezembro de 2022 –o que, na opinião de Aro, teria fins eleitoreiros– seriam inseridos na PEC dos precatórios, pela ideia do governo.

Duas fontes a par das negociações confirmaram à Reuters que o novo adiamento da votação da PEC dos precatórios ocorreu, justamente, para que o parecer possa ser ajustado à nova alternativa em análise pelo Executivo.

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