Uma pesquisa divulgada pela Accenture, gigante global de marketing, aponta que a indústria de comércio social (s-commerce) deve crescer três vezes mais rápido que o comércio eletrônico tradicional. Atualmente, os comércios realizados em redes sociais somam, em todo mundo, U$ 492 bilhões, número que deve chegar a U$ 1,2 trilhão em 2025.

O relatório prevê que a tendência será impulsionada pelas gerações Z (nascidos a partir da segunda metade dos anos 90) e Y (nascidos entre 1981 e 1995, também chamados de “millenials”). Juntas, as gerações devem responder por 62% do comércio social global em 2025.

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Segundo a Accenture, em apenas um dia de outubro de 2021, os dois maiores influenciadores chineses, Li Jiaqi e Viya, venderam U$ 3 bilhões em produtos. O valor é trêz vezes maior que as vendas diárias da Amazon, por exemplo.

O comércio social proporciona uma experiência de compras que tem sido encarada como “revolucionária”. Isso porque a lógica inverte-se: os produtos encontram as pessoas através das redes sociais, com empresas e influenciadores utilizando ferramentas de interação, o que torna a experiência de consumo mais prazerosa.

Outra pesquisa da Accenture, contratada pelo Meta (antigo Facebook) e divulgada em agosto de 2020, mostrou que 83% dos consumidores brasileiros utilizam o WhatsApp para consumir produtos ou serviços. Na América Latina, apenas o Chile iguala o percentual. A Accenture estima que 2 bilhões de pessoas fizeram esse tipo de compra em 2021.

“A pandemia mostrou o quanto as pessoas usam as plataformas sociais como ponto de entrada para tudo o que fazem online – notícias, entretenimento e comunicação. O aumento constante do tempo gasto nas mídias sociais reflete como essas plataformas são essenciais em nossa vida diária. Elas estão reformulando a forma como as pessoas compram e vendem, o que fornece às plataformas e marcas novas oportunidades para experiências do usuário e fluxos de receita”, disse em nota Robin Murdoch, líder global da indústria de Software e Plataformas da Accenture.

Porém, metade dos usuários de redes sociais que foram entrevistados pela pesquisa apontaram falta de confiança e segurança para comprar produtos em redes sociais, da mesma maneira que ocorreu no início do comércio eletrônico.

“A confiança é um problema que levará tempo para ser superado, mas os vendedores que se concentrarem nessas áreas estarão mais bem posicionados para aumentar a participação de mercado”, ressalta Murdoch.

Veja a estimativa de vendas de produtos em redes sociais em 2025:

– Beleza e cuidado pessoal: 40%;
– Roupas: 18%;
– Eletrônicos: 13%;
– Decoração: 7%;
– Comida: 13%.