O economista Paulo Guedes, principal assessor econômico do presidente eleito da República, Jair Bolsonaro, pediu desculpas na manhã desta terça-feira, 30, pela forma como se dirigiu ao papel da Argentina na política de comércio exterior do futuro governo, mas voltou a afirmar que a prioridade da política econômica será o ajuste fiscal por meio de corte de gasto e não o comércio bilateral com os argentinos.

“O nosso foco, o nosso principal problema são os desequilíbrios internos, o excesso de gasto publico. Eu não quis em nenhum momento desmerecer a Argentina, o Mercosul. Eu quis dizer o seguinte: não é minha prioridade. A minha prioridade é o gasto público. Nada contra o Mercosul, nada contra a Argentina. Eu só disse que não é a nossa prioridade. Como eu estava afogado, com muito microfone em cima, disse que não era prioridade”, afirmou Guedes, ainda quando chegou à reunião entre Bolsonaro e seus principais assessores, na casa do empresário Paulo Marinho, na zona sul do Rio.

Após a confirmação da eleição de Bolsonaro no domingo, 28, Guedes afirmou que o Mercosul e a Argentina não eram prioridade do futuro governo, ao responder a pergunta de jornalista do jornal El Clarín.

A reunião com a cúpula do futuro governo nesta terça-feira já terminou. Guedes e Bolsonaro já deixaram a casa de Paulo Marinho. Bolsonaro não falou à imprensa.