Começou às 10h03 a reunião de Análise de Mercado do Comitê de Política Monetária (Copom). Na tarde desta terça-feira, 7, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e os diretores da instituição ainda participam da reunião de Análise de Conjuntura, também no âmbito do Copom.

Na quarta-feira, 8, eles têm mais uma rodada de discussões antes de decidirem o novo patamar da Selic (a taxa básica de juros), atualmente em 6,50% ao ano.

A expectativa é que o colegiado mantenha, pela nona vez consecutiva, a Selic em 6,50% ao ano. De um total de 46 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, 45 esperam pela manutenção da Selic em 6,50% ao ano – o menor patamar desde que a taxa foi criada, em 1996.

Mesmo com a constante decepção com a atividade econômica, os especialistas analisam que, sem uma sinalização mais clara sobre a aprovação da reforma da Previdência, o Banco Central deve se manter cuidadoso.

Para o fim do ano, o mercado está mais dividido. Uns esperam corte do juro em meio à fraqueza econômica, mas a maioria está mais cautelosa com o cenário de inflação, bastante afetado por choques de oferta. As 46 estimativas variam de 5,50% a 7,25%. Já para 2020, as apostas vão de 5,00% a 8,50%.

Em março, o Copom anunciou a manutenção, pela oitava vez consecutiva, da Selic em 6,50% ao ano. Ao mesmo tempo, o BC indicou que, em seu cenário básico, o balanço de riscos para a inflação tornou-se simétrico.

Ou seja, o risco de uma inflação mais baixa – em função da ociosidade na economia – tem o mesmo peso do risco de uma inflação mais alta – por conta do andamento das reformas e do cenário externo.

A instituição reiterou, porém, que manterá a “cautela, serenidade e perseverança” em suas próximas decisões, “inclusive diante de cenários voláteis”.