O comandante da Marinha, Eduardo Bacellar Leal Ferreira, disse nesta terça-feira, 20, que o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) da Marinha não está atrasado por conta da Operação Lava Jato. O programa virou alvo de investigação por ter obras da Odebrecht em seu escopo.

A declaração foi dada após a cerimônia de Início da Integração dos Submarinos Classe Riachuelo, no complexo naval do município de Itaguaí, na região metropolitana do Rio, da qual participaram o presidente Michel Temer, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o governador Luiz Fernando Pezão (MDB), entre outras autoridades. Eles saíram sem dar entrevista. Só representantes da Marinha falaram com a imprensa.

“Os atrasos (no Prosub) foram devido a cortes orçamentários e alguns aspectos técnicos. A Lava Jato em nenhum momento interferiu. O programa está sendo extremamente monitorado e controlado, com auditorias constantes”, disse o comandante. Ele confirmou ainda que houve um aumento de cerca de 20% nos custos previstos inicialmente (cerca de R$ 30 bilhões), mas que a diferença em euros – o programa é feito em parceria com a França – não é muito grande. “O projeto inicial era muito superficial”, justificou.

O comandante da Marinha não quis detalhar a atuação de fuzileiros na intervenção federal na segurança do Rio, iniciada no fim de semana. Disse que militares estão participando de operação nesta terça-feira na Favela Keslon’s, na zona norte do Rio, e que deverão ser desencadeadas ações na Baía de Guanabara. Ele destacou, contudo, que o Exército é quem está concentrando as informações.