DUBAI (Reuters) – As ações de Israel estão criando condições para sua própria destruição, disse o comandante da Guarda Revolucionária do Irã, nesta sexta-feira, em um ato do Dia de Jerusalém em que foi exibido o novo míssil iraniano Kheibar Buster.

A televisão estatal informou que milhões de iranianos participaram de manifestações que marcam o Dia Quds, o nome árabe para Jerusalém, em marchas organizadas pelo Estado em todo o país. A emissora mostrou a bandeira israelense sendo incendiada e grupos de pessoas gritando slogans coreografados “Morte à América, Morte a Israel”.

O líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, disse em um discurso televisionado que os protestos e ataques contra israelenses mostraram que os palestinos rejeitam os compromissos das autoridades árabes com Israel.

O Irã apoia grupos militantes islâmicos palestinos e libaneses que se opõem à paz com Israel, que Teerã não reconhece.

“O que aconteceu na Palestina nos últimos anos anula todos os planos de compromisso com o inimigo sionista (Israel), porque nenhum plano para a Palestina pode ser implementado na ausência ou contrário às opiniões de seus donos, os palestinos”, disse Khamenei, falando em árabe e abordando palestinos e outros árabes.

Os atos do Dia de Jerusalém no Irã são realizados anualmente em apoio aos palestinos, que querem Jerusalém Oriental como a capital de um futuro Estado em territórios capturados por Israel em uma guerra de 1967, na última sexta-feira do mês de jejum muçulmano do Ramadã.

“Pare com seus atos cruéis. Você sabe bem que somos pessoas de ação e reação”, disse o comandante da Guarda Revolucionária Hossein Salami, dirigindo-se a Israel, a manifestantes em Teerã.

“Nossas respostas são dolorosas. Você cria condições para sua própria destruição… Você sabe melhor do que eu o que acontecerá se você tomar uma ação maligna.”

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