A decisão da China de disparar mísseis ao redor de Taiwan precisa de uma resposta, afirmou um comandante militar americano em Singapura.

O Exército Popular da China executou grandes manobras marítimas e aéreas ao redor da ilha, cuja soberania Pequim reivindica, com o lançamento de mísseis balísticos em águas próximas a seu território.

“É muito importante que que respondamos a este tipo de ação”, disse o vice-almirante da Sétima Frota dos Estados Unidos, Karl Thomas, à imprensa em Singapura.

“Se permitirmos que isto aconteça e não respondermos, isso será a norma depois”, disse. “É irresponsável lançar mísseis sobre Taiwan em águas internacionais, onde operam rotas marítimas e a livre navegação”, acrescentou.

A Sétima Frota tem base no Japão e constitui um elemento essencial da presença naval americana no Pacífico.

A tensão na região aumentou com a visita a Taiwan da presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, o que irritou Pequim.

Embora separadas de fato desde 1949, a China considera a ilha parte de seu território e prometeu unificá-la algum dia, inclusive pela força se necessário.

O vice-almirante Thomas traçou um paralelo entre a ameaça sobre Taiwan e o comportamento de Pequim no Mar da China Meridional, do qual reclama a soberania quase completa.

“Se você não desafiar… de repente, pode acontecer como nas ilhas do Mar da China Meridional, que se tornaram postos militares avançados” de Pequim, disse.

“Agora são postos militares em pleno funcionamento que têm mísseis, grandes pistas, hangares, radares, postos de escuta”, acrescentou.