Isolamento social, consumidores com mais tempo em casa e trabalho home office. Esses três fatores, diretamente associados entre si, criaram o ambiente ideal para o crescimento do mercado de móveis no País. E na crista da onda está a rede Leo Madeiras, a maior do País em produtos para marcenaria, que dobrou suas vendas em 2020 e atingiu receita de R$ 2,5 bilhões. Na avaliação da CEO Andrea Seibel, à frente da empresa desde 2012, nunca houve um aumento tão rápido e concentrado em poucos meses. “Muitas famílias precisaram adaptar o ambiente para viabilizar os estudos dos filhos ou a atividade profissional de forma remota”, afirmou a executiva. Outro fator que beneficiou a Leo Madeiras foi a digitalização.

A rede lançou vendas por WhatsApp e redes sociais, o que melhorou seu desempenho no e-commerce em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, onde os volumes dobraram desde o início da pandemia. Além disso, a companhia investiu em iniciativas para auxiliar marceneiros com uma espécie de auxílio emergencial. Com mais de R$ 2,5 milhões, o socorro de R$ 600 para 3,6 mil profissionais, dividido em duas parcelas mensais de R$ 300, foi realizado em parceria com o Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável (CIEDS) e financiada por parceiros como Banco Afro, Duratex, Eucatex, FGVTN Brasil, Formica, Guararapes, Pertech, Rometal e Suvinil. Segundo Andrea, 80% das marcenarias do País são micronegócios familiares. Se o governo não sabe como equacionar problemas econômicos, empresas como a Leo Madeiras ensinam qual é o caminho.

(Nota publicada na Edição 1214 da Revista Dinheiro)