O dólar apagou parte dos significativos ganhos recentes ante o peso argentino nesta sexta-feira, 31, quando a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, reafirmou que a Argentina tem o apoio da instituição e o banco central do país realizou três leilões, injetando US$ 250 milhões no mercado local. Na seara das moedas fortes, o euro e a libra contabilizaram retração em relação à divisa americana.

Perto do horário de fechamento, o dólar subia a 111,10 ienes, enquanto o euro caía para US$ 1,1612 e a libra se contraía a US$ 1,2960. Quanto à moeda do país vizinho, o dólar recuou de 38,7550 pesos argentinos na tarde de ontem para 36,9060 pesos.

Logo pela manhã, o Banco Central da República da Argentina (BCRA) anunciou que faria três leilões de dólares ao longo do dia, oferecendo um total de US$ 675 milhões ao mercado. Nas duas primeiras vendas, em que ofertou US$ 75 milhões e US$ 100 milhões, o mercado tomou todo o montante leiloado, mas, na terceira, foram comprados apenas US$ 75 milhões dos US$ 500 milhões oferecidos.

Ainda assim, as medidas extraordinárias deram algum alívio ao peso argentino, sob extrema pressão nas últimas sessões. O recuo marcado hoje pelo dólar foi de 4,77%, movido também pelo aceno do FMI de que reverá as condições de seu programa de resgate a Buenos Aires para ajudar o governo argentino.

No outro lado do mundo, o dólar australiano foi duramente penalizado em relação ao dólar, na esteira da renúncia do ex-primeiro-ministro da Austrália Malcolm Turnbull ao seu assento de parlamentar. A decisão poderia ocasionar uma nova eleição geral, já que, com a saída do ex-premiê, o Partido Liberal perde a maioria no Parlamento.