O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (10) alta na inflação puxada pelo aumento da energia elétrica. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,96% no mês de julho. Esta é a maior variação inflacionária para o mês de julho desde 2002.

O Brasil vive a maior crise hídrica dos últimos 91 anos, o que fez a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) elevar em 52% o preço da bandeira tarifária. O uso de usinas termelétricas para evitar apagões também encarece a energia elétrica.

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É importante, portanto, ficar atento a medidas que possam reduzir o consumo de energia elétrica. Pequenos detalhes e alterações mínimas de hábitos podem fazer a diferença no final do mês.

Como economizar energia

– Chuveiro elétrico
O chuveiro elétrico é um dos principais vilões da conta de luz, sobretudo no inverno, e um dos maiores responsáveis pelo alto consumo de energia elétrica. Especialistas recomendam utilizar o aparelho em posições mais econômicas e diminuir o tempo de banho. Há ainda opções para utilizar aquecedor solar, além de chuveiros a gás.

A potência dos chuveiros domésticos varia de 4000 W a 7000 W. Para ter ideia do quanto se gasta no banho, basta fazer a seguinte conta: dividir o valor da potência por 1000. Depois, multiplicar o resultado pelo número de horas de uso do chuveiro, obtendo o consumo em kWh. Esse resultado deve ser calculado com o valor da tarifa, que foi reajustada para R$ 9,49 para cada 100 quilowatts-hora (kWh).

– Ar condicionado
Além de manter os filtros limpos, é importante manter o ambiente fechado, sem portas e janelas abertas, e diminuir seu uso e intensidade.

– Geladeira
Abrir a porta da geladeira para pensar o que pode ser cozinhado gasta energia. Tente abri-la apenas pelo tempo necessário. Além disso, vale regular temperatura interna, evitar colocar alimentos quentes dentro da geladeira, não forrar prateleiras, verificar borrachas de vedação e deixar espaço para ventilação na parte de trás do aparelho. Caso a geladeira acumule gelo, remova-o sempre que houver excesso. O gelo é isolante térmico, e o seu acúmulo no congelador afeta a capacidade de refrigeração da geladeira, o que se reflete diretamente no consumo.

– Iluminação
Utilizar ao máximo iluminação natural ou lâmpadas econômicas, como as de LED, que consomem entre 60% e 80% menos energia. Lembre de apagar as luzes ao sair de um ambiente. Paredes de cores claras também ajudam.

– Equipamentos elétricos
Ao comprar um novo produto eletrônico, opte pelo selo de eficiência energética do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel). Além disso, retire da tomada tudo o que estiver em “stand by”. Nas máquinas de lavar e secar, por exemplo, vale utilizá-las com a capacidade cheia, evitando o uso da função com água aquecida.

– Ferro de passar
Utilize sempre que possível o ferro no modo seco. Ajuste a temperatura do ferro no seletor de forma a utilizá-lo sempre na menor temperatura exigida pelo tipo de tecido que se está passando. Nos ferros a vapor, quanto menor a quantidade de vapor aplicado, menor será o consumo de energia.

Estudos demonstraram que o uso do ferro para se manter aquecido durante dez minutos é maior do que o consumo de um minuto para aquecê-lo. Acumular mais roupas para passar de uma só vez também traz economia, pois aproveita o aquecimento inicial do ferro e também a conservação de energia térmica dele ao longo do tempo que está passando roupa.

– Relógio medidor
É possível pedir uma releitura para a empresa de distribuição mas, antes disso, certifique-se de anotar a medida do consumo de energia elétrica diretamente em seu relógio. Procure em sua conta o período de cada medida, em seguida, anote os valores marcados no relógio e subtraia-os, comparando-os com os valores discriminados na conta.