Uma nova onda da pandemia da covid-19 atormenta o continente europeu e novos bloqueios estão sendo impostos em todo o continente. A terceira onda da pandemia de coronavírus, no entanto, poderia ter sido evitada antes que ela saísse do controle.

Agora, vários países começam a anunciar novas restrições. A França anunciou nesta quinta-feira (18) novas restrições a 16 regiões, incluindo Paris e Nice.

Na segunda-feira, grande parte da Itália, incluindo as cidades de Roma e Milão, entrou novamente em um bloqueio estrito. Na Espanha, todas as regiões, exceto Madrid, decidiram restringir as viagens durante o feriado da Páscoa. E a capital alemã, Berlim, também optou por interromper a flexibilização de restrições.

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De acordo com a CNN Internacional, críticos dizem que as novas restrições chegaram tarde demais e que os problemas atuais da Europa podem ser atribuídos a políticos ansiosos demais para começar a abrandar.

A epidemiologista francesa Catherine Hill disse, conforme a CNN, que a segunda onda não terminou e o bloqueio foi interrompido muito cedo, para permitir que as pessoas fossem às compras para o Natal. De acordo com ela, os níveis de infecção permaneceram elevados.

A variante mais contagiosa do vírus, detectada pela primeira vez no Reino Unido, é um dos motivos que tem levado muitas cidades ao caos.  A OMS (Organização Mundial de Saúde) alertou sobre isso há quase dois meses, quando ficou claro que a variante do Reino Unido estava circulando na maior parte da Europa. Agora, várias regiões do continente já sinalizaram que a nova cepa é a predominante na região.

O avanço dos casos também causa preocupação entre as autoridades norte-americanas de saúde pública, que temem que o país  esteja indo na mesma direção – com alguns estados começando a abrandar as medidas de segurança, mesmo que o número de casos continue alto.

O diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, Anthony Fauci, disse, conforme a CNN, que quando você vê um platô em um nível de até 60 mil casos por dia, esse é um momento muito vulnerável para ter um pico, para voltar a subir.

Vale destacar que depois de declínios no número de casos, alguns países europeus optaram por flexibilizar as medidas, o que teria levado a novos picos. Aliado a isso, o andamento lento da vacinação em muitos países europeus aumenta o risco de novas ondas.