Buscando retomar seu funcionamento no Brasil, o Telegram apagou um post no qual o presidente Jair Bolsonaro (PL) divulga informações sigilosas de uma investigação da Polícia Federal sobre um suposto ataque cibernético ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Esta era uma das medidas impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para desbloquear o aplicativo no Brasil.

O TSE afirma que seu sistema não foi invadido e que o hacker que tentou a invasão não conseguiu alterar a contagem de votos nas eleições de 2020. A corte argumenta que é possível auditar os dados e ressalta que a urna eletrônica é segura e inviolável.

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Moraes determinou o bloqueio do Telegram pelo descumprimento de decisão judicial e divulgou neste sábado (20) uma lista de exigências ao funcionamento.

O Telegram ainda precisa atender às últimas 3 demandas impostas pelo STF: indicar um representante oficial no Brasil; bloquear o canal @claudiolessajornalista e informar as providências feitas ao combate de desinformação e notícias falsas.

O aplicativo, por outro lado, já atendeu às exigências de fornecer os dados dos criadores dos perfis @allandossantos, @artigo220 e @tercalivre, todos ligados ao blogueiro bolsonarista Allan dos Santos; suspender monetização e detalhar ganho financeiro desses três perfis; informar à Justiça se Allan dos Santos criar outros perfis no Telegram e bloqueá-los.