A população de Porto Rico encolheu em 450 mil habitantes desde 2004, quando atingiu o pico de 3,8 milhões. Quase todos os que saíram se mudaram para os Estados Unidos, em busca de emprego ou para se unir a parentes que fizeram a mesma travessia anteriormente.

O êxodo agravou a crise da ilha, que perdeu parte de sua mão de obra qualificada para o continente, onde a taxa de desemprego é menor e os salários são mais altos.

“Agravando os problemas estão as sombrias condições econômicas que incentivam a emigração, que por seu turno reduz a produção e a demanda por bens e serviços e leva a uma maior contração econômica”, afirmou o governo no pedido de moratória apresentado nesta quarta-feira, 3, à Justiça Federal dos EUA.

O ano de 2017 marca o centenário de obtenção da cidadania americana pelos porto-riquenhos. A ilha se tornou território dos EUA em 1898, depois da guerra entre o país e a Espanha.

Apesar da cidadania, os habitantes da ilha não têm representantes no Congresso, o que ajuda a explicar a resistência dos parlamentares em aprovarem socorro financeiro ao território. Também só podem votar nas eleições presidenciais se estiverem no continente.

Atualmente, cerca de 5 milhões de porto-riquenhos e seus descendentes vivem nos EUA, o que supera a população de cerca de 3,4 milhões que permanece na ilha. Os imigrantes do território são o segundo maior grupo hispânico nos Estados Unidos, depois dos mexicanos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.